Lazer em clubes e interseccionalidades: um estudo etnográfico sobre mulheres negras
Por Rossana Vincente Ramos (Autor), Marzo Vargas dos Santos (Autor), Bruna Tassiane dos Santos Pontes (Autor), Daiane Grillo Martins (Autor), Raquel da Silveira (Autor).
Resumo
O tema desta pesquisa consiste na interseccionalidade de mulheres negras na prática do tênis, enquanto lazer em Porto Alegre. O interesse por esse tema surge quando a primeira autora deste estudo, uma mulher negra, iniciou a dar aulas de tênis, ainda acadêmica de Educação Física na UFRGS, em um clube esportivo recreativo e se viu transitando dentro de locais onde não havia negros e negras. E nesta trajetória, se interessou em compreender o lazer e também as possibilidades, perspectivas, relações vivenciadas por mulheres negras. Em 2019, em um estudo da ITF, o Global Tennis Report 2019, demonstrou que no Brasil há 2,2 milhões de praticantes, dos 3.873 tenistas profissionais, 1.525 são mulheres, marcadores sociais como classe, raça e sexualidade, entre outros, são invisíveis neste estudo. Partindo do pressuposto que a maioria de tenistas são homens, brancos, nesta investigação, procuramos compreender como as mulheres negras vivenciam a prática de tênis, enquanto lazer.