Lei Seca no Período do Vestibular e Sua Relação com as Políticas Públicas de Lazer
Por Flávia Évelin Bandeira Lima (Autor), Luis Miguel Martins (Autor), Marcelo Kuhne de Oliveira Sponchiado (Autor), Giuliano Gomes de Assis Pimentel (Autor).
Resumo
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) possui uma população acadêmica de aproximadamente 24 mil estudantes. Durante o vestibular, a cidade chega a receber cerca de 20 mil candidatos, os quais ficam hospedados próximos à universidade. Após as provas, candidatos e acadêmicos se aglomeram em determinados bares e lanchonetes para se confraternizarem em torno de comida, bebida, paquera e som alto. Essa festa dos jovens causou transtornos ao descanso dos moradores, que, por sua vez, obtiveram a proibição do consumo de bebida em lei municipal. O presente trabalho visa compreender a Lei Seca como uma (falta de) política pública de lazer para a juventude, tendo como norte a opinião da população sobre a festa. Descobriu-se que há entre os moradores e estudantes soluções para os conflitos gerados pela festa. Dessa forma, concluiu-se que a lei foi prematura, revelando a dificuldade do poder público em dialogar com os jovens e a deficiência de políticas públicas voltadas ao lazer dos mesmos.