Resumo

Os educadores esportivos há muito utilizam métodos de treinamento e ensino baseados em regimes de execução mecânica de movimentos. Sem levar em conta o contexto social no qual a educação esportiva ocorre, essas metodologias consideram a replicação de ações exaustivas a melhor maneira de dominar as habilidades físicas. Nas últimas décadas, houve um surto de pedagogias alternativas que reconhecem que os corpos esportivos são muito mais do que uma combinação de técnicas. Pedagogias como o Game Sense abordam o processo de ensino-aprendizagem esportivo através de uma perspectiva construtivista em que as dimensões intelectuais dos jogos são destacadas. Este artigo examina empiricamente como as pedagogias dialógicas podem ser postas em prática na educação esportiva para que os corpos dos alunos se tornem criativos e uma parte central de seu próprio desenvolvimento. Utilizando dados autoetnográficos retirados das experiências pessoais internacionais dos autores como treinadores esportivos, educadores físicos, pesquisadores e avaliadores em dois contextos de educação esportiva - educação esportiva escolar e esporte para o desenvolvimento (SfD) - o trabalho tem como objetivo revelar pedagogias que estimulem participantes criativos que possam se divertir, ler e escrever seus próprios jogos. Os autores concluem que, embora a educação esportiva dialógica não seja isenta de conflitos, ela permite que os educadores esportivos criem espaços em que o diálogo contínuo possa ocorrer. Essas pedagogias não são simplesmente uma ferramenta para possibilidades educacionais baseadas em investigações; eles são a verdadeira educação dialógica.

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