Resumo
Introdução: O voleibol se popularizou, e o número de lesões ocasionadas pela prática desse esporte também cresceu e se tornou uma preocupação da área de saúde. A maioria das lesões no voleibol estão relacionadas com o movimento de salto-aterrissagem. A grande quantidade de salto vertical, o alto volume de jogo e os treinos incessantes podem ser fatores predisponentes a lesões agudas ou por overuse no voleibol. Objetivo: Identificar as lesões e disfunções mais frequentes associadas ao salto vertical no voleibol a fim de favorecer estratégias de prevenção para minimizar o risco de lesões. Métodos: A busca bibliográfica foi realizada nas seguintes bases de dados: PubMed e SCOPUS que buscou artigos relacionados com voleibol, lesões frequentes durante o salto-aterrissagem. Resultados: Foram incluídos 7 artigos que envolveram um total de 279 indivíduos. Dos 7 artigos, 4 abordavam sobre a tendinopatia patelar (TP), 2 sobre lesões no ligamento cruzado anterior (LCA) e 1 sobre entorse de tornozelo. Discussão: Os 4 artigos que abordaram a TP pontuaram que a diminuição da absorção da energia mecânica na fase excêntrica do salto pelo tendão patelar, a habilidade para saltar alto somado aos incessantes treinos, e a redução na extensibilidade do quadríceps são possíveis causas dessa lesão em atletas de voleibol. Os 2 artigos sobre lesão no LCA apontam para a diversidade de técnicas de salto-aterrissagem e que algumas delas favorecem maior impacto no LCA como as técnicas hop-jump e a step-back em comparação com as técnicas set-close-jump e a stick. Já o artigo que falou sobre entorse de tornozelo, demosntrou que a grande força de flexores plantares e a redução de ADM de DF durante a aterrissagem do salto vertical aumentam os riscos de entorse de tornozelo. Conclusão: Jogadores de voleibol com uma habilidade natural para saltar, devem ser acompanhados por apresentarem maiores chances de lesões como TP e entorse de tornozelo. Técnicas que diminuam impacto sobre articulações dos membros inferiores devem ser repassadas para os atletas como as técnicas set-close-jump e a stick. São necessários mais estudos que preconizem uma quantidade segura de execução de saltos verticais durante os treinos e partidas.