Lesões no Handebol: Prevalência e Caracterização em Atletas Participantes dos Jogos Universitários Brasileiros 2017
Por Erica Rochinski (Autor), Leandro Martinez Vargas (Autor), Thaiane Moleta Vargas (Autor), Marco Antônio Salles Rosa (Autor), Carlos Mauricio Zaremba (Autor).
Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar a prevalência de lesões traumato-ortopédicas em atletas universitárias de handebol participantes do Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), edição 2017, realizado em Goiânia/GO. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, descritivo e de levantamento, na qual participaram 91 atletas do sexo feminino, com idades entre 20 e 34 anos. Para avaliar as lesões sofridas nos 12 meses anteriores ao JUBs utilizou-se o Questionário de Lesão no Esporte (LAPREV/UFMG). Também foi realizado o levantamento das características sociodemográficas das jogadoras, por meio de instrumento próprio. O tratamento estatístico foi realizado por meio análise descritiva e inferencial. Os resultados mostraram que a prevalência de lesões traumato-ortopédicas foi de 56%. As regiões do joelho e tornozelo apresentaram as maiores prevalências (ambas 23,8%). A entorse foi o tipo de lesão mais relatada pelas atletas (30,2%). Dentre as posições em quadra, as armadoras obtiveram maior prevalência de lesões (42,9%). Nenhuma correlação, associação ou dependência foi encontrada entre a prevalência de lesões e variáveis sociodemográficas. No entanto, pode-se concluir que entre as atletas investigadas a prevalência de lesões foi alta, sobretudo entre as armadoras, durante a metade do treino, em forma de entorse de joelho ou tornozelo e após a ação de aterrissagem. Como as lesões podem resultar em afastamentos na carreira esportiva de um atleta, recomenda-se aos treinadores e atletas uma maior atenção aos mecanismos e momentos em que ocorrem a maioria das lesões, incluindo ações de prevenção na programação do treinamento das atletas.