Resumo

O objetivo do presente estudo foi analisar a prevalência de lesões traumato-ortopédicas em atletas universitárias de handebol participantes do Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), edição 2017, realizado em Goiânia/GO. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, descritivo e de levantamento, na qual participaram 91 atletas do sexo feminino, com idades entre 20 e 34 anos. Para avaliar as lesões sofridas nos 12 meses anteriores ao JUBs utilizou-se o Questionário de Lesão no Esporte (LAPREV/UFMG). Também foi realizado o levantamento das características sociodemográficas das jogadoras, por meio de instrumento próprio. O tratamento estatístico foi realizado por meio análise descritiva e inferencial. Os resultados mostraram que a prevalência de lesões traumato-ortopédicas foi de 56%. As regiões do joelho e tornozelo apresentaram as maiores prevalências (ambas 23,8%). A entorse foi o tipo de lesão mais relatada pelas atletas (30,2%). Dentre as posições em quadra, as armadoras obtiveram maior prevalência de lesões (42,9%). Nenhuma correlação, associação ou dependência foi encontrada entre a prevalência de lesões e variáveis sociodemográficas. No entanto, pode-se concluir que entre as atletas investigadas a prevalência de lesões foi alta, sobretudo entre as armadoras, durante a metade do treino, em forma de entorse de joelho ou tornozelo e após a ação de aterrissagem. Como as lesões podem resultar em afastamentos na carreira esportiva de um atleta, recomenda-se aos treinadores e atletas uma maior atenção aos mecanismos e momentos em que ocorrem a maioria das lesões, incluindo ações de prevenção na programação do treinamento das atletas.

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