Resumo

A capacidade de levantamento e abaixamento manual de carga (LAMC) continua preocupando as indústrias e o uso da eletromiografia (EMG) se apresenta como uma alternativa no estudo da musculatura envolvida nessa atividade. Entretanto, a reprodutibilidade destas medidas torna-se primordial. Assim, esse estudo teve como objetivo principal analisar a influência do uso do cinto pélvico sobre a atividade EMG dos músculos eretores da espinha (ER) e reto femoral (RF), durante LAMC e durante a contração isométrica voluntária máxima (CIVM) de extensão do tronco, realizada antes (PRÉ) e após essa atividade, assim como analisar a variabilidade (CV) do sinal EMG quando normalizadas por três métodos: pelo pico (PICO) e pela média (MED) da atividade EMG e pelo sinal obtido durante a CIVM. Para isso, 8 voluntários realizaram LAMC de 15% e 25% peso corporal (PC), com e sem o uso do cinto pélvico por 1min. Obtiveram-se os valores do Coeficiente da Variação (CV) do sinal EMG do ER e RF durante os LAMCs. Durante as CIMVs, obtiveram-se os valores de tração na célula de carga e as variáveis eletromigráficas RMS, Frequência Média, Frequência Mediana e Potência Total do músculo ER. Os resultados demonstram menores valores de CV quando o sinal EMG foi obtido pelo PICO, sendo, portanto, esse método preferível por apresentar menor variabilidade. Durante as CIVMs, somente a força de tração na célula de carga se apresentou menor após o LAMC de 25%PC sem o uso do cinto pélvico (p=0,035), sugerindo rápida recuperação dos ER após o LAMC por 1 minuto.

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