Lições Aprendidas Depois de 10 Anos de Uso do Ipaq no Brasil e Colômbia
Por Pedro Rodrigues Curi Hallal (Autor), Luis Fernando Gomez (Autor), Diana C. Parra (Autor), Felipe Lobelo (Autor), Janeth Mosquera (Autor), Alex Antônio Florindo (Autor).
Resumo
Contexto: Descrever as lições aprendidas depois de 10 anos de uso do Questionário Internacional de Atividade
Física (IPAQ) no Brasil e Colômbia, com uma especial ênfase nas recomendações para pesquisas futuras na América Latina usando este instrumento. Métodos: Apresentamos um comentário analítico, baseado em informações de revisão da literatura na América Latina, assim como através de consulta a peritos da área e de autores com experiência na utilização do IPAQ em mais de 43000 indivíduos no Brasil e Colômbia entre 1998 e 2008.
Resultados: Estudos de validação na América Latina sugerem que o IPAQ tem alta confiabilidade e critério de validade moderado em comparação com acelerômetros. Entrevistas cognitivas sugerem que as seções de trabalho e atividades domésticas da versão longa do IPAQ confundem os respondentes, e existe evidência de que estas seções geram superestimação do escore de atividade física. Em função de que a versão curta do IPAQ considera os quatro domínios da atividade física em conjunto, as pessoas tendem também a não fornecer respostas precisas.
Conclusões: O uso das seções de lazer e de transporte da versão longa do IPAQ é recomendado para a vigilância e estudos que objetivem documentar a atividade física na América Latina. O uso da versão curta do IPAQ deve ser evitado, exceto para a manutenção da consistência em vigilância quando este instrumento já tenha sido utilizado na linha de base.