Resumo

O objetivo desta pesquisa foi analisar as autopercepções da competência de liderança dos presidentes das federações olímpicas brasileiras, tendo como fator mediador a formação académica ao nível de graduação. Esta pesquisa compreende dois estudos complementares. No primeiro estudo participaram 85 presidentes, que preencheram a versão traduzida e adaptada para a realidade brasileira do Managerial Behaviour Instrument. No segundo estudo, foram entrevistados 10 presidentes das federações de Minas Gerais, tendo seus depoimentos sido submetidos à análise de conteúdo; complementarmente, foram consultados os estatutos, no que se refere às suas funções. Os resultados de ambos os estudos mostraram que os presidentes se percebiam como competentes, apenas tendo sido encontradas, no primeiro estudo, diferenças significativas entre os presidentes com formação em educação física e aqueles com outros cursos na competência ‘Competidor’. No segundo estudo, os presidentes também revelaram percepções diferentes quanto à competência ‘Competidor’, tendo surgido ainda evidências de que o conhecimento advindo do aprendizado formal e informal era importante para o sucesso no desempenho das funções gerenciais. Em suma, para além de a formação parecer não ter determinado consideráveis diferenças entre as autopercepções de competências de liderança dos presidentes, estes ressaltaram a importância dos conhecimentos multidisciplinares advindos dos diferentes tipos de cursos oferecidos pelas universidades, bem como das suas experiências prévias, para o exercício das funções gerenciais

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