Resumo

O exercício físico regular pode estar relacionado com a percepção de estímulos dolorosos. O objetivo deste estudo foi comparar o limiar de tolerância de dor à pressão em mulheres praticantes de ballet clássico versus sedentárias. Foi desenvolvido um estudo do tipo transversal observacional no qual participaram 15 mulheres praticantes de ballet e 15 mulheres sedentárias. O estudo foi realizado em academias de dança e em uma policlínica universitária. As voluntárias fizeram avaliação do limitar de tolerância à dor à pressão (LTDP) por meio do algômetro nos pontos: vasto medial, vasto lateral, tendão patelar, eretores da coluna vertebral na região lombar ao nível do segmento vertebral L4-L5, paravertebrais, origem da fáscia plantar, meio da fáscia plantar, primeiro metatarso e o quinto metatarso. Os dados foram analisados utilizando o pacote estatístico SigmaStat e para comparação dos dados entre os grupos foi utilizado o test t para dados não pareados ou Mann-Whitney. Os resultados mostraram que as mulheres praticantes de ballet clássico apresentaram em todos os pontos analisados, maiores valores do limiar de tolerância de dor à pressão do que o grupo das mulheres consideradas sedentárias, contudo, apenas os paravertebrais direito e esquerdo e o vasto medial esquerdo apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Pode-se concluir por meio deste estudo que mulheres praticantes de ballet apresentam maior limiar de tolerância de dor à pressão em relação a mulheres sedentárias, contudo apenas dois pontos avaliados: músculos paravertebral esquerdo/direito e vasto medial esquerdo são estatisticamente significantes entre os grupos.

Referências

Alfieri, F.M., e Bernardo, K.M.A. (2017). Hiperalgesia secundária na lombalgia crônica inespecífica. Acta Fisiatr, 24(1), 40-43. https://doi.org/10.5935/0104-7795.20170008

Bambirra, W. (1993). Dançar e sonhar: A didática do ballet infantil (2ª ed.). Del Rey.

Batista, C.G., e Martins, E.O. (2010). A prevalência de dor em bailarinas clássicas. J Health Sci Inst, 28(1), 47-49. https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/2020/12/V28_n1_2010_p47-49.pdf

Costa, C., e Teixeira Z. (2019). A experiência da dor em bailarinas clássicas: significados emergentes num estudo qualitativo. Ciência & Saúde Coletiva, 24(5), 1657-1667. https://doi.org/10.1590/1413-81232018245.04302019

Costa, N.N.S., Castro, E.V.S.C., Jesus, I.A., e Trippo, K.V. (2017). Fatores biomecânicos relacionados à postura em bailarinos: Uma revisão integrativa. Revista Pesquisa em Fisioterapia, 7(2), 261-275. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v7i2.1355

Couto, A., e Pedroni, C. (2013). Relação entre postura, queixa dolorosa e lesão em bailarinas clássicas. Ter. Man, 11(52), 228-233. https://www.researchgate.net/publication/348972568

Fernández-lao, C., Galiano-Castillo, N., Cantarero-Villanueva, I., Martín-Martín, L., e Arroyo-Morales, M. (2016). Analysis of pressure pain hypersensitivity, ultrasound image, and quality of life in patients with chronic plantar pain: a preliminary study. Pain Med, 17(8), 1530-1541. https://doi.org/10.1093/pm/pnv022

Furtado, AR, Sá, JS, Andrade, GKS, Giacon-Arruda, BCG, Bomfim, RA, Silva, DS, e Teston, EF (2023). Fatores associados ao nível de atividade física em adolescentes. Texto Contexto Enferm, 32, e29292442. https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2022-0244pt

Ivanova, V., Todd, N.W., e Yurgelon, J. (2023). Dance-Related Foot and Ankle Injuries and Pathologies. Clinics in podiatric medicine and surgery, 40(1), 193-207. https://doi.org/10.1016/j.cpm.2022.07.013

Acessar