Limiar de Fadiga Eletromiográfico: Obtenção Por Protocolo Fatigante e Protocolo Fixo de 30 Segundos
Por Adalgiso Coscrato Cardozo (Autor), Mauro Gonçalves (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Com intuito de otimizar a obtenção do limiar de fadiga
eletromiográfico (EMGLF) o presente estudo tem por objetivo comparar este
limiar do músculo longuíssimo do tórax obtido durante exercício isométrico
fatigante com o limiar obtido durante os primeiros 30 segundos do teste. Material
e Método: Participaram deste estudo 20 voluntários do gênero masculino sem
antecedentes de doenças músculo-esqueléticas. Para a captação dos sinais
eletromiográficos foram utilizados eletrodos de superfície bipolares passivos
de Ag/AgCl dispostos sobre os músculos longuíssimo do tórax direito e
esquerdo, no nível da vértebra L1 e 3 cm lateralmente, com distância intereletrodos de 3 cm (ROY, DE LUCA & CASAVANT, 1989). Foi utilizado um módulo
de aquisição de sinais biológicos de quatro canais, no qual foram conectados
os eletrodos, configurado com o ganho em 1000 vezes, o filtro de passa alta
em 20Hz, o filtro de passa baixa em 500Hz e a freqüência de amostragem em
1000Hz. Utilizou-se também uma célula de carga acoplada a um indicador
digital que promovia um retorno visual aos voluntários. O teste consistiu na
execução de contração isométrica do músculo eretor da espinha na posição de
45 graus de flexão do quadril com cargas de 30%, 40%, 50% e 60% da contração
isométrica voluntária máxima, no aparelho M.A. ISOSTATION 2001. Para a
análise dos sinais EMG foram utilizadas rotinas específicas em ambiente
MatLab. Seguindo metodologia de CARDOZO e GONÇALVES (2003) foram obtidos
os EMGLF pelo protocolo fatigante e pelo protocolo de 30 segundos. Para
comparação entre os EMGLF foi utilizado o teste t de student para amostras
dependentes, com nível de significância menor que 0.05. Resultados: Não foram
encontradas diferenças significativas entre o limiar obtido pelo protocolo de
exaustão com o limiar obtido pelo protocolo de 30 segundos. Este
comportamento ocorreu bilateralmente. Conclusões: Com base nos resultados
obtidos no presente estudo pode-se afirmar que é possível a identificação da
fadiga muscular localizada por meio de protocolo de teste de 30 segundos bem
como a determinação otimizada do EMGLF para o músculo longuíssimo do
tórax