Limitações da Utilização do Equivalente Metabólico (met) Para Estimativa do Gasto Energético em Atividades Físicas
Por Alex Harley Crisp (Autor), Rozangela Verlengia (Autor), Maria Rita Marques Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 22, n 3, 2014. Da página 148 a 153
Resumo
A determinação do gasto energético total é de extrema importância na área da saúde, sendo as atividades físicas voluntárias o componente mais variável. O presente texto contextualiza equivalente metabólico (MET), metodologia considerada simples e prática para a estimativa do gasto energético de exercícios e atividades físicas em adultos. O MET baseado no valor de consumo de oxigênio em repouso de 3,5 mL/kg/min, do qual a origem exata não é conhecida. No entanto, estudos em populações heterogêneas e específicas (obesos, idosos) mostram valores menores desse valor padrão. Como consequência, a estimativa do gasto energético em atividades físicas voluntárias pode ser sub estimada, uma vez que é baseada na elevação (múltiplos) do consumo de oxigênio em repouso. Cálculos e estimativas sempre estarão sujeitos a erros devido às variações físicas/biológicas entre indivíduos, fatores ambientais, entre outros. A simples correção do valor de 1 MET por meio da equação de Harris-Benedict (3,5 ÷ Taxa metabólica de repouso estimada [mL/kg/min]), fornece uma estimativa mais individualizada e próxima do gasto energético mensurado diretamente. Fator que pode favorecer um melhor planejamento de intervenções nutricionais e treinamento físico. Por outro lado, faz-se necessária a realização de novos estudos para que fatores de correção possam ser propostos em populações específicas, visto que não se justifica a utilização de uma única medida para todos os adultos.