Limites e possibilidades das práticas de aventura em relação ao lazer: a experiência da escolinha de skate do grupo de estudos do lazer (gel) em Maringá
Por Claudio Alexandre Celestino (Autor), Silvana dos Santos (Autor), Filipe Bossa Alves (Autor), Amilton Bertazo Junior (Autor), Giuliano Gomes de Assis Pimentel (Autor).
Em VII Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura - CBAA
Resumo
A escola de iniciação ao skate do Grupo de Estudos do Lazer (GEL) tem por finalidade, oportunizar a vivencia do skate para crianças de toda comunidade local, especialmente na inclusão de sujeitos (meninas, obesos, entre outros) que sofrem barreiras para aprender o skate em sua forma naturalizada: na rua. O presente texto apresenta as experiências direcionadas ao esporte por meio do curso semestral de iniciação à prática do skate. A ‘escolinha’ se materializou em virtude da parceria entre o GEL, o Projeto Ser Atleta, Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI) e Associação de Skatistas de Maringá (ASKM), em uma quadra ociosa, no Departamento de Educação Física (DEF) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em 2010, o MUDI, disponibiliza uma quadra para essas práticas, oferecendo mais segurança às aulas. Em 27 de novembro de 2010 esse novo local é nomeado Pista de Skate Chabelo, em homenagem a Matheus Martins Lopes dos Santos, skatista e integrante do grupo GEL, desaparecido em acidente de carro. No início de 2011 são construídos os primeiros obstáculos fixos pelos skatistas frequentadores, juntamente com a ASKM e o GEL. Em abril de 2011, ocorre o primeiro campeonato de skate Chapelo, contando com mais de 100 competidores da região. É neste ambiente associativo entre skatistas e projeto universitário que ocorrem as aulas de iniciação ao skate, considerando também os conflitos do GEL com esses grupos no tocante ao modo de uso do espaço (por exemplo, aspectos como não fumar no local, manter a limpeza do local ou reservar um espaço aos alunos). A prática do skate, em um determinado período da história, foi muito marginalizada, pois seus praticantes eram tratados como “jovens drogados ou de caráter desviante” (BRANDÃO, 2008). Por outro lado, esse debate se amplia por que as preocupações direcionadas às práticas de lazer vêm crescendo (MELO et al, 2009).