Limites? Que Limites? no Pan, Portadores de Deficiência Também Exibirão Sua Garra
Por José Carlos Morais (Autor).
Resumo
A prática de esportes por portadores de deficiência física começou no centro de reabilitação de Stoke-Mandeville, interior da Inglaterra, em 1948, por inspiração do médico Ludwig Gutmann. Partiu dele a idéia de pôr pessoas que se locomoviam em cadeiras de rodas – num primeiro momento, 16 ex-combatentes das Forças Armadas britânicas – praticando basquete e tiro com arco. A partir daí, a reabilitação por meio do esporte começou a se tornar conhecida em todo o mundo.
O termo Paraolimpíada surgiu da composição entre as palavras paraplegia e olimpíada, conforme foi proposto em Tóquio por ocasião da realização dos jogos de 1964, quando 390 atletas representavam 22 delegações. Ao longo do tempo, os jogos foram incorporando novos tipos de deficientes físicos. Em 1976, além de paraplégicos, participaram amputados e cegos, ao todo 1.600 atletas, representando 42 delegações.
Atualmente, a competição reúne cinco grupos de portadores de deficiência organizados segundo uma classificação funcional, de acordo com o esporte praticado: amputados, paralisados cerebrais, cegos, lesados medulares e les autres, denominação dada a um grupo heterogêneo, com tipos de deficiência que não se encaixam em nenhum dos grupos anteriores, como, por exemplo, os anões. As modalidades praticadas são: atletismo, tiro com arco, basquete, ciclismo, esgrima, futebol, judô, halterofilismo, natação, tênis, tênis de mesa, tiro e vôlei. Duas modalidades estritamente paraolímpicas foram anexadas: bocha e goalball.