Resumo

O ser humano é uno, indivisível, não fracionado. Ele sente, percebe e expressa através do seu corpo que é veículo e meio de comunicação com o mundo. Pela sensibilidade e percepção, podemos detectar a linguagem que o corpo produz como sentir emoções, vontades, decidir, explorar e agir. O educador em atividades físicas tem o privilégio de trabalhar com corpos em movimento que transmitem a sensação de liberdade do pensamento e da expressão. O corpo sente, expressa, comunica, cria e significa e no foco das atenções é utilizado pelo sistema publicitário, manipulado, reduzido a forma de mercadoria. A sociedade moderna tem distanciado a participação deste na comunicação. A espontaneidade e a expressividade corporal são menores, o corpo vive num contexto social onde interage e modifica a realidade, e, esta por sua vez atua sobre ele, influenciando e direcionando sua forma de pensar, sentir e agir (GONÇALVES, 1994). Movimentos corporais expressivos tem como indicadores a velocidade da fala, o tremor da voz, a postura, o gesto, a expressão facial entre outros que são características próprias da comunicação não verbal vistas no esporte, na dança, no teatro, na mímica, etc. Sempre soubemos que as posturas, as atitudes, os gestos e sobretudo o olhar exprimem melhor do que as palavras as tendências e pulsões, bem como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive numa determinada situação, num determinado contexto. (VAYER, 1985). A linguagem apóia o processo comunicacional em uso na sociedade, porém, encontramos obstáculos à expressão pessoal como os de ordem fisiológica: surdez, mudez, defeitos de pronúncia devidos a má formação física; de ordem psicológica: timidez, bloqueios, distúrbios mentais de sensações que não se consegue explicar; e de ordem lingüística: aprendizagem insuficiente e vocabulário pobre.

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