Resumo

Esta dissertação analisa dois livros didáticos produzidos no final do século XIX e voltados especificamente para a prática da construção de textos, dentro das aulas de Língua Portuguesa. São eles Exercicios de Estylo, de Felisberto de Carvalho, publicado em 1885, e Livro de Composição para o curso complementar das escolas primárias, de Olavo Bilac e Manoel Bonfim, publicado em 1899. O trabalho se inicia com um panorama geral do que foi a escolarização no Brasil até o século XIX, acompanhando-a desde sua etapa de surgimento, com a escola religiosa trazida pelos jesuítas no século XVI, até o momento de transformação do país em República. A partir daí passa-se à análise de Exercicios de Estylo, observando a estrutura geral do livro, a escolha de temas propostos para redação, as preocupações lingüísticas expressas na obra, entre outras questões. Em seguida, o estudo se centra sobre o Livro de Composição, verificando os mesmos aspectos mencionados acima. Na etapa de conclusões, procura-se comparar os livros a partir de sua maior ou menor vinculação à estrutura dos Livros de Leitura, coletâneas de textos, literários ou não, de diferentes autores, que a escola privilegiava como material de apoio para aulas de diversas disciplinas, no final do século XIX, e observar em que medida as duas obras em questão se voltam para questões estritamente de linguagem ou organização textual.

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