Ludicidade: a Linguagem Corporal Que a Escola Tenta Silenciar
Por Cleomar Ferreira Gomes (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte - CONBRACE
Resumo
Partindo da consideração de que crianças e pré-adolescentes brincam porque a brincadeira é um fenômeno da corporeidade humana e se caracteriza não pela racionalidade mas pela ludicidade, faz-se neste trabalho uma análise do comportamento lúdico de dois grupos de meninos de diferentes bairros e escolas de Cuiabá, fazendo, particularmente, observações quanto a suas relações com os professores de educação física. Tomada como parte de uma disciplina curricular, a brincadeira - precisa organizar-se/administrar-se na quadra e nos exercícios do corpo. O espaço, o tempo e a natureza desses exercícios tendem a ser diversos daqueles vivenciados no movimento livre para a livre brincadeira: os meninos vivem um conflito entre a capacidade/necessidade natural de brincar e o tendente controle de um professor que detém a posse do apito e da bola.