Resumo

O afogamento infantil está entre as principais causas de acidentes fatais no Brasil. Entre as estratégias mundiais de prevenção, estão a conscientização dos tutores das condições que potencialmente aumentam os riscos de ocorrência e a aprendizagem de habilidades de autossalvamento aquático (HAS) pelas crianças. No entanto, ainda não parece claro se as HAS, podem potencializar a aquisição de habilidades natatórias específicas para os nados (HEN). Objetivos: Identificar os níveis de habilidades natatórias; Analisar as magnitudes de relações entre habilidades natatórias e as de autossalvamento; Comparar os desempenhos intergrupos e inter-sexos. Metodologia: Dezoito crianças com idade de 5,3 (0,53) anos, participaram do experimento após consentimento livre e esclarecido dos tutores. Todos os voluntários estão envolvidos com um programa de natação com no mínimo um ano de prática, realizando aulas duas vezes semanais de 50’ de duração. Dezoito habilidades foram investigadas sendo 5 HAS e 13 HEN. Estatística: O teste Binominal permitiu identificar as frequências absolutas e relativas das classificações de desempenho nas diferentes habilidades investigadas. O teste de correlação de Pearson foi usado para a análise das magnitudes e relação entre as HAS e HEN. Finalmente, optou-se pelo o teste de Mann-Whitney U para analisar as possíveis diferenças intergrupos e sexo. Resultados: os dados apontaram que as crianças avaliadas possuíam domínios acima da média para 11 das 18 habilidades investigadas, identificando-se uma forte correlação entre as HAS e HE r=0,904 p<0,001, e não foi detectada diferenças intersexo e intergrupo para quase todas as variáveis investigadas. Conclusão: O processo de aquisição das HAS parece ser composto por domínios básicos que edificam novas aquisições de habilidades mais complexas.

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