Maior Aptidão Cardiorrespiratória e Muscular em Meninos Não Pode Ser Atribuída à Atividade Física, Prática Esportiva ou Comportamento Sedentário em Jovens
Por Diogo Henrique Constantino Coledam (Autor), Philippe Fanelli Ferraiol (Autor), Arli Ramos de Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 1, 2018. Da página 1 a 9
Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar se a associação entre o sexo e a aptidão cardiorrespiratória e muscular é independente da atividade física, prática esportiva e comportamento sedentário em jovens. Estudo transversal envolvendo 729 participantes com idade de 10 a 17 anos. A atividade física, prática esportiva e o comportamento sedentário foram analisados por meio de um questionário. A aptidão cardiorrespiratória foi medida pelo teste de vai e vem de 20m e foram analisados: VO2max, número de voltas e o critério de saúde. A aptidão muscular foi obtida pelo teste de flexão de cotovelos de 90o e foram analisados o número de repetições e o critério de saúde. A regressão linear múltipla foi utilizada para estimar os coeficientes β e a regressão de Poisson estimou a razão de prevalência (RP). O sexo masculino se associou com a maior aptidão cardiorrespiratória nas análises brutas e ajustadas (VO2max β = 9.04 a 9.77, voltas RP=1.67 a 1.80, critério de saúde RP=2.03 a 2.09) e o mesmo ocorreu com a aptidão muscular (repetições RP=2.81 a 3.01, critério de saúde RP=1.91 a 2.09). A estratificação da amostra de acordo com a atividade física, prática esportiva e comportamento sedentário não alterou as associações entre aptidão cardiorrespiratória (VO2max β=8.07 a 10.00, voltas RP=1.49 a 1.85, critério de saúde RP=1.64 a 2.27) e muscular (repetições RP=2.24 a 3.22, critério de saúde RP=1.76 a 2.06). Os resultados sugerem que a maior aptidão cardiorrespiratória e muscular em meninos não pode ser atribuída à atividade física, prática esportiva ou comportamento sedentário em jovens.