Resumo

Introdução. No vasto campo dos jogos esportivos o futebol é uma das modalidades mais praticadas e difundidas. Pelo poder de atração e adeptos, esse jogo tem sido alvo de várias investigações nas últimas décadas. Mas, quem tem estudado o futebol? Objetivo. Este estudo buscou evidenciar os grupos e linhas de pesquisas dentro do cenário acadêmico científico que tem propositado estudar o futebol. Metodologia. Esta revisão foi feita através de uma busca sistemática na plataforma “Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil Lattes CNPq”. Consultas foram dirigidas utilizando o termo “Futebol” para levantamento do quantitativo de grupos e linhas de pesquisa, em seguida foi verificada a produção de cada pesquisador do grupo e a predominância dos estudos. Resultados. Foram identificados 16 Grupos de Pesquisas, 139 pesquisadores envolvidos e 74 Linhas de Pesquisas relacionadas ao Futebol. Quanto aos grupos, estão em maioria no Sul e Sudeste do país, com maior concentração na grande área Ciências da Saúde, já as linhas de pesquisa diversificam-se, mas a maior concentração está relacionada aos aspectos socioculturais. Em relação à produção, foram verificados apenas os estudos publicados pelos pesquisadores dos grupos no ano de 2017. O quantitativo das produções (430 estudos) passou por uma triagem que apontou para 76 estudos relacionados ao futebol. Observou-se que as obras concentram-se nas áreas: Biodinâmica e Desempenho (20); Comportamento e Aspectos Táticos (12). Em contrapartida, outras áreas apresentam baixa produção: Estudos relacionados aos Treinadores (2) e Processo de formação de jovens no futebol (1). Conclusão. O panorama revela que as contribuições dos grupos de estudos sobre futebol no Brasil tangem as demandas da biodinâmica, ao desempenho físico. Porém, o baixo número de linhas de pesquisa e produções relacionadas ao processo de formação, aos aspectos de ensino-aprendizagem do jogo, e a formação de professores e/ou treinadores é um aspecto a ser considerado.

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