Resumo
Esta dissertação é o resultado de uma jornada de surpresas e inquietações que se iniciaram ainda durante a realização do meu curso de graduação em Educação Física e se estenderam até o mestrado em Antropologia Social, ambos empreendidos na Universidade Federal de Goiás (UFG). Seus principais objetivos são: estabelecer uma análise do currículo de licenciatura em Educação Física a partir das críticas decoloniais e pós-coloniais, questionando as bases epistemológicas eurocêntricas do pensamento hegemônico, bem como avaliar os possíveis avanços expressos nos documentos e na prática de ensino da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD) da UFG, que possibilitem reformular essas bases epistemológicas de forma democrática e descolonizada. A metodologia utilizada para tal fim, conta, primeiramente, com uma revisão bibliográfica das Propostas Políticas de Curso de três Universidades de referência: UNICAMP (SP), UnB (DF) e ESEFFEGO (GO), juntamente com a UFG, a partir dos discursos manifestos em seus currículos de licenciatura em Educação Física, e, posteriormente, com uma observação participante realizada no curso de Lutas da FEFD-UFG, por um período de seis meses (tempo de duração do curso).