Marketing Para os Clubes Socioesportivos em São Paulo
Por José Arthur Fernandes Barros (Autor), Leandro Carlos Mazzei (Autor), Flávia da Cunha Bastos (Autor).
Em 1º Congresso Internacional Sobre Gestão do Esporte e 4º Congresso Brasileiro Sobre Gestão do Esporte
Resumo
Há cerca de cem anos os primeiros clubes de São Paulo foram fundados. Jovens mais ricos se reuniam para a prática esportiva e a entrada para este ambiente era ditada pela nacionalidade, já que os Clubes, na sua grande maioria, foram fundados por colônias de imigrantes: alemães, ingleses, italianos, suíços, portugueses, entre outros. A diferença de origens era uma razão para a defesa das cores dos Clubes nas competições, pois em torno das sucessivas vitórias se criava um status, uma "marca bem sucedida" na sociedade paulista e assim se despertava o interesse de novos associados. Outras atividades agregadas ao Clube como bailes, comemoração das debutantes, festas folclóricas compunham um pacote de ofertas que atraiam famílias paulistas e mantinham os Clubes em evidência (BARROS, 2007). Nos dias de hoje, muitas dessas atividades foram desconstruídas. O esporte se confunde com o lazer provocando uma crise de sustentabilidade nos Clubes Socioesportivos (MADIA, 2007). Rein, Kotler e Shields (2008), Aaker (1998), Bretzek (2010), Considine (1990), Skinner apud Giglio (2002) apontam como alternativa para se vencer a crise atual instaurada um trabalho de gestão em termos de revalorização de marca por meio de competições esportivas que motivem os associados para a convivência e identificação com os Clubes. Hoje em dia a concorrência entre Clubes e Condomínios, Instituições Privadas de Ensino e Centros de Fitness equipados pode se tornar desleal haja a vista a comodidade e as ofertas que os Condomínios apresentam superando a falta de valores e status atuais de ser associado a um Clube. O objetivo deste trabalho é analisar a as ações de marketing dos clubes no sentido da valorização do esporte, sua relação com o valor da marca do clube e a visão dos associados sobre estas ações. Será desenvolvida pesquisa de campo sob a forma de estudos de casos múltiplos (Vergara,2006) junto a sete clubes de São Paulo e grande São Paulo que mantenham equipes de esporte de alto rendimento em campeonatos oficiais de federações e confederações brasileiras. As fontes utilizadas para o levantamento das ações de marketing e ativação da marca serão documentais e institucionais (fontes secundárias) e a percepção da marca pelo consumidor, através de fontes primárias obtidas junto a associados pela aplicação de questionário estruturado para a coleta de informações específicas desenvolvidas a partir dos conceitos de Aaker (1998) e Shank (1999).