Resumo

Este artigo se concentra em explorar a perspectiva conceitual das masculinidades a partir de uma perspectiva interseccional com a diversidade visual do corpo. Considerando tanto alunos cegos do sexo masculino quanto aqueles com baixa visão, com idade entre 14 e 18 anos, de uma Escola Estadual da cidade de Bogotá, na Colômbia. Reconhecendo que ao longo da história e atualmente a sociedade excluiu indivíduos com características corporais diversas, este escrito, como um dos resultados do estudo investigativo biográfico qualitativo, busca compartilhar reflexões e chaves baseadas nas teorias de suas categorias, permitindo-nos analisar o a dinâmica social, o relacional, os conflitos, as resistências, as realidades, os significados e as práticas de alguns homens com esta diversidade corporal. Este projeto de pesquisa denominado “Produção de Masculinidades no Contexto Escolar: Performatividade e Circulação de Sentidos a partir de uma Intersecção Gênero/Diversidade Corporal em uma Escola de Bogotá” está articulado à linha de pesquisa “Gênero, Discursividade e Extradiscursividade de Masculinidades”, anexa ao CORPOREIDADES, GÊNERO E EDUCAÇÃO Grupo de Pesquisa vinculado ao Instituto de Pesquisa Educacional e Desenvolvimento Pedagógico – IDEP. Algumas conclusões mostram-nos que as escolas perpetuam padrões de hegemonia bem definidos. A masculinidade é construída de forma comunitária, afetando e moldando as emoções e suas consequências. Homens com deficiência visual no ambiente escolar estão em desvantagem social em comparação com aqueles sem deficiência. Esses alunos, que se conformam a uma masculinidade subalterna, utilizam estratégias para se adaptarem ao ambiente escolar e atenuarem características consideradas menos masculinas e que as limitações impostas aos homens com deficiência advêm de corpos videntes.

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