Massa Livre de Gordura em Idosas com Sobrepeso e Obesidade: Análise da Validade Concorrente de Equações de Impedância Bioelétrica
Por Gislane Ferreira de Melo (Autor), Daniela Rosa Américo (Autor), Maria Fátima Glaner (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 17, n 5, 2015. Da página 1 a 8
Resumo
Os idosos têm apresentado maior dependência funcional e incapacidade, principalmente as mulheres, em decorrência da redução da massa muscular e óssea e do aumento progressivo da gordura corporal. Estas alterações nos componentes da composição corporal têm sido observadas por meio de diferentes técnicas. Nesse contexto, o objetivo neste estudo foi analisar a validade concorrente das equações de impedância bioelétrica para estimar a massa livre de gordura (MLG), do fabricante Valhalla7 e de Gray et al.8, em idosas brasileiras. A amostra (n= 34), com idade de 60-71 anos e estatura de 140-162cm, foi dividida em dois grupos (n= 17) por gordura relativa (G%) via DEXA: G% ≤41%, G% >41%. A DEXA foi usada como padrão ouro. Todos os coeficientes de correlação foram (r >0,79) satisfatórios. Nos dois grupos, a MLGValhalla (G% ≤41: 36,1±3,4kg; G% >41: 39,3±3,2kg) não diferiu (p >0,01) da MLGDEXA (38,7±3,7kg), no entanto, o EPE (2,114 kg) foi um pouco acima do recomendado no grupo G% >41. A MLGGray diferiu (p <0,01) da MLGDEXA, nos dois grupos, ainda que o EPE tenha sido satisfatório (<1,8 kg) no grupo com G% ≤41. Os escores residuais mostraram a falta de concordância da MLGGray com a MLGDEXA, chegando até 7,08kg. Pela equação de Gray et al.8 ,somente 9% teve a MLG estimada dentro de um erro aceitável, enquanto que, pela equação Valhalla, 82%. Esta equação apresentou validade concorrente para as idosas com sobrepeso e obesidade.