Resumo

O desenvolvimento de novas técnicas transcultâneas de análise densimétrica da mineralização óssea tem favorecido investigações relacionadas ao estudo dos componentes estruturais do osso, principalmente no sentido de identificar possíveis influências da atividade física sobre a modulação óssea entre a infância e adolescência. Estudos realizados nas últimas décadas indicam que exercícios caracterizados por compressões ósseas, induzem as adaptações da estrutura esquelética, tornando-a mais resistente aos estímulos externos. Exercícios como voleibol, basquetebol, ginástica artística e tarefas com implementos realizados na fase maturacional, são os mais indicados para elevar a densidade mineral óssea, favorecendo a otimização do pico de massa óssea na fase adulta e prevenindo a osteoporose na idade avançada. Ao contrário, há evidências de que exercícios aquáticos, como a natação, não apresentam contribuição efetiva para a modulação óssea total. Atletas femininas que praticam exercícios de forma crônica, repetitiva e persistente, também podem apresentar fragilidade óssea devido a redução da secreção do estrogênio conseqüente do exercício excessivo. O estudo dos processos maturacionais são complexos e multifatoriais, por isso há necessidade de investigações mais detalhadas relacionadas à influência do exercício em cada uma das fases do crescimento.

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