Resumo

RESUMO O objectivo principal deste estudo foi quantificar as possíveis alterações no somatótipo associadas à actividade física e à maturação biológica. A amostra integra 309 elementos (157 rapazes e 152 raparigas) com idades entre os 10 e os 16 anos que participaram no Estudo de Crescimento da Madeira. A actividade física foi examinada através do questionário de Baecke. A maturação esquelética foi avaliada pelo método de Tanner-Whitehouse Mark II. O somatótipo foi avaliado de acordo com a metodologia de Heath-Carter. A influência da actividade física e da maturação biológica no somatótipo foi quantificada por modelos auto-regressivos. A amostra madeirense apresenta um ligeiro avanço maturacional no intervalo etário 10-16 anos. Os valores médios de actividade física são constantes ao longo da idade mas ligeiramente inferiores a outros grupos aos 14-16 anos. Efeitos significativos da actividade física no somatótipo foram observados na coorte 2, no primeiro momento de avaliação (β=-0.197). A idade óssea exerce uma influência no físico na coorte 2, segundo e terceiro momentos de avaliação (β=0.840 e β=0.633, respectivamente) e na coorte 4, primeiro (β=0.123) e segundo (β=0.123) momentos. Concluímos que: (1) os rapazes e raparigas madeirenses revelam um avanço maturacional comparativamente a outros grupos no intervalo etário 10-16 anos; (2) os valores de actividade física da amostra madeirense são estáveis ao longo da idade; (3) as alterações nas componentes do somatótipo da amostra madeirense são reduzidas; (4) o efeito da actividade física e da maturação biológica na morfologia externa dos madeirenses é muito fraco. Palavras-chave: somatótipo, actividade física, maturação biológica. Key Words: somatotype, physical activity, biological maturity.