Máxima Fase Estável de Lactato Sanguíneo e o Limite Superior do Domínio Pesado em Ciclistas Treinados
Por Luis Fabiano Barbosa (Autor), Mariana Rosada de Souza (Autor), Jailton Gregório Pelarigo (Autor), Renato Aparecido Corrêa Carita (Autor), Fabrizio Caputo (Autor), Benedito Sérgio Denadai (Autor), Camila Coelho Greco (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 11, n 3, 2009. Da página 320 a -
Resumo
O objetivo deste estudo foi verificar se a máxima fase estável de lactato (MLSS) delimita o limite superior do domínio pesado em ciclistas bem treinados. Quatorze ciclistas do sexo masculino (25,5 ± 4,4 anos, 69.5 ± 7,8 kg, 175,8 ± 7,5 cm) realizaram, em diferentes dias, os seguintes testes: exercício incremental até a exaustão para a determinação do pico de consumo de oxigênio (VO2pico) e; 2 a 4 testes de carga constante com duração de até 30 minutos para a determinação da MLSS. O valor do VO2 obtido no 30° min de exercício foi estatisticamente maior que o valor obtido no 3° min de exercício a 100%MLSS (3379,3 ± 250,1 vs. 3496,7 ± 280,2 ml/min, p < 0,05) e a 105% MLSS (3439,5 ± 289,3 vs. 3545,5 ± 303,2 ml/min, p<0,05). O VO2 obtido no 30° min no exercício realizado tanto a 100%MLSS quanto a 105%MLSS foi significantemente menor do que o VO2pico (3978,6 ± 296,2 ml/ min, p > 0,05). Com base nestes resultados, pode-se concluir que durante o exercício pesado (MLSS) o VO2 não apresenta estabilidade, tomando como referência os valores obtidos por volta do 3° minuto de exercício. Em indivíduos treinados, a MLSS não parece ser o limite superior do domínio pesado, pois quando o exercício é realizado acima desta (~ 5%), o VO2pico não é alcançado ao final de 30 minutos de exercício.