Medalhistas Olímpicos Brasileiros

Parte de Atlas do Esporte no Brasil . páginas 330 - 333

Resumo

O atletismo só é superado pela vela, entre as modalidades que mais trouxeram medalhas ao Brasil. São 12, no total, sendo 3 de ouro, 3 de prata e 6 de bronze. Neste contexto, destaca-se Adhemar Ferreira da Silva que, pelo feito inédito de ser bi-campeão olímpico no salto triplo, é até hoje considerado um dos atletas brasileiros mais respeitados no âmbito internacional. Filho de uma família de origem humilde estudou, trabalhou e elegeu o esporte como uma forma de se apresentar ao mundo como cidadão brasileiro. Participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos. Em Londres (1948) teve a oportunidade de enfrentar pessoalmente os adversários que conhecia apenas por revistas e jornais e uma platéia com 100 mil pessoas, fato nunca antes experimentado. Nos Jogos de Helsinque (1952) pôde mostrar seu talento e iniciar uma série de conquistas que marcariam a história do salto triplo. Medalha de ouro naquele ano voltaria nos Jogos de Melbourne (1956) para reafirmar sua marca e conquistar a condição de bi-campeão olímpico, feito ainda não superado por qualquer outro atleta brasileiro. Quando, nos Jogos de Roma (1960) tentou o tri-campeonato não conseguiu a mesma performance, mas em sinal de reconhecimento por sua trajetória, saiu do estádio ovacionado pelas milhares de pessoas que assistiam ao espetáculo. Meses depois foi constatado que Adhemar contraíra uma tuberculose que minava sua força e resistência. Fatos como este e a recusa de uma casa como presente pela medalha conquistada, para que sua condição de amador não fosse questionada – mesmo com a família morando em residência alugada – fazem de Adhemar um exemplo de atleta dedicado e digno na história olímpica brasileira. O salto triplo ainda traria mais 4 medalhas para o Brasil

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