Resumo

A visibilidade de atividades do cotidiano potencializada nas redes sociais pelas tecnologias digitais e por uma cultura técnico-informacional nos levou a compreender os sentidos na mediação do lazer a partir das imagens no Instagram. Nossa discussão problematiza a visibilidade do lazer diante das visualidades desta prática pelo uso da hashtag lazer e do conjunto de tags associadas que alimentam os mecanismos de interação entre os perfis e suas redes. Busca-se, assim, identificar os nexos de sentido estabelecidos na mediação, apropriação e visibilidade do lazer na rede, como elemento de ressignificação e retroalimentação de conteúdos aliado ao consumo visual diante da produção demasiada de imagens. Nossa intenção é também tangenciar a ideia do lazer midiatizado no Instagram, por ser esta uma ambiência global com diversas expressões de grupos sociais e indivíduos que consomem, se informam, manifestam e (re) produzem conteúdos, por meio de imagens. Metodologicamente, trata-se da observação etnográfica na rede social, constituindo-se de uma pesquisa qualitativa descritiva em que interpretamos as representatividades e visualidades do lazer na rede, apoiada no mapeamento e análise de conteúdo. As sistematizações articuladas apontam a relação entre mídia e lazer como algo cultural, ligado ao consumo e ambos para dar sustentação a cultura e a estrutura conectada em rede. Os resultados da dimensão imagética evidenciaram que a visibilidade do cotidiano se estende para ampliar as visualidades do lazer vinculado as percepções e representações enquanto se fala do usuário ou da pessoa que se apropria da mídia como produtora de um novo espaço de produção de conteúdos. O lazer como fenômeno social, situado em um contexto imagético, portanto, repleto de sentidos, dentro de uma comunicação mediada ressignificam as práticas sociais alimenta e retroalimentam conteúdos no entre-ver meios de lazeres perceptíveis visualizados na rede.

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