Melhora funcional e reversão dos déficits de memória após treinamento resistido no período da periestropausa de ratas
Por Beatriz Procópio Stringhetta (Autor), Luana Galante Douradinho (Autor), Thaina Daguane Esperança (Autor), Debora Prazias Cavalcante (Autor), Antonio Hernandes Chaves-Neto (Autor), Rita Cassia Menegati Dornelles (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O período de transição do ciclo menstrual regular para o irregular, a perimenopausa, é essencial para promoção de saúde. O possível declínio funcional, influenciado por fatores endógenos e exógenos, pode ser modulado por exercício físico. OBJETIVO: Avaliar a marcha funcional, memória de curto e longo prazo e estado redox hipocampal de ratas na periestropausa (PE) após treinamento resistido (TR). METODOLOGIA: Ratas na PE (17 a 21 meses), aderentes ao exercício físico constituíram os grupos não treinado (NT; n=10) e TR (n=10); (CEUA 585/2021). Os animais do grupo TR realizaram escalada em escada (3x/semana/4 meses) em dias alternados. Cada sessão de TR consistiu em 6 séries (subidas), com período de descanso de 2 minutos entre cada série. O teste de capacidade de carregamento voluntário máximo (CCVM) foi realizado para determinação da carga de 60% (1? semana), 70% (2? semana), 80% na 3? semana e até o final do período experimental, sendo reavaliada mensalmente para readequação da carga. Os testes de deambulação e reconhecimento de objetos foram realizados no início (17meses) e ao final do período experimental (21 meses). Os hipocampos (21 meses) foram submetidos as análises do estado redox e atividade da enzima citrato sintase (CS). Dados foram submetidos a análise one-way ANOVA (CCVM) e Teste-t (x? ± EPM; GraphPad Prism 8). RESULTADOS: Animais que realizaram TR apresentaram aumento de força (746,0 ± 29,8) em relação aos animais NT (330,0±5,8). O comprimento da passada dos animais NT/21 meses foi menor (5,4±0,33) quando comparado aos seus 17 meses (6,2±0,3) e aos animais TR/21 meses (7,0±0,2). A largura de passada do grupo TR/21 meses foi semelhante aos 17 meses (3,9±0,1) e menor em comparação ao grupo NT/21 meses (4,5±0,2). Foi evidenciado melhora da memória de curto (0,90±0,03) e longo (0,72± 0,05) prazo nos animais TR, quando comparados aos 17 meses (0,63 ±0,03), e ao grupo 21 meses/NT (0,62±0,05; 0,41±0,05). A avaliação do dano oxidativo proteico mostrou aumento proteína carbonilada (77,2 ±8,8) e diminuição do dano lipídico (0,2±0,04) após a realização do TR. Menor atividade das defesas antioxidantes enzimáticas, superóxido dismutase (0,7±0,06) e catalase (0,4±0,07) no grupo TR. A atividade da CS foi maior nos animais submetidos ao TR (8,5±2,1). CONCLUSÃO: Os resultados evidenciaram capacidade de reparo decorrente do treinamento resistido, realizado regularmente e com intensidade moderada a alta no período da periestropausa.