Resumo

Ao se revisitar o período da introdução das Artes Marciais em São Paulo pelo imigrante japonês na primeira metade do século XX, são abertas novas perspectivas para o estudo da diversidade das práticas corporais no estado de São Paulo; constatação que torna-se o objeto do presente artigo. Partindo-se do trabalho com depoimentos de imigrantes japoneses – mestres de artes marciais – foi-nos possível perceber os modos como memória e história se cruzam e se instituem como vivências e práticas sociais. Dessa forma, pode-se ler nos rastros e nas marcas do passado narrado e nos limites do processo de refiguração da experiência vivida pelos depoentes, vestígios que se abrem para se compreenderem a vida comunitária, a importância dos laços familiares e o sentido da tradição presente na prática das artes marciais, quando tal prática oferece a possibilidade de compartilhar o sentimento de fidelidade dos migrantes nipônicos ao imperador do Japão.

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