Resumo

O futebol é o esporte mais popular do Brasil, “paixão nacional” que movimenta multidões. Chegou ao Brasil em 1894, os primeiros times começaram a surgir no mesmo período, mas o primeiro time formado por pessoas trans foi criado somente em 2016, o Instituto Meninos Bons de Bola (IMBB), formado inicialmente por transmasculinos e liderado por Raphael Martins. Depois do IMBB, surgem outros times pelo Brasil, como uma forma de existência e resistência de pessoas transgênero no esporte. Objetivo: Relatar a experiência no ensino de futebol para pessoas trans adultas em projeto social na cidade de São Paulo, com treinos semanais e participação em campeonatos. Desenvolvimento: Após acompanhamento do projeto nas redes sociais, surge a ideia de contribuir voluntariamente com o time, sendo preparador de goleires. Essa ideia foi apresentada à liderança do projeto, que se interessou e aprovou. Com o tempo, participação em campeonatos e outras necessidades do time, assumi a função de técnico, são dois anos como Professor no Instituto. Os treinos são aos domingos de manhã, com 20 a 30 pessoas por aula. Inicialmente um time de homens trans, o IMBB sempre teve a presença de mulheres trans, sendo criado o primeiro time transfeminino com a chegada de mais meninas em 2023. O futebol trans e suas competições são mistas, possuindo homens, mulheres e pessoas não binárias, todas as identidades trans possíveis, acreditando que outros futebois podem existir. Sugestões: A prática orientada é importante e fortalece projetos, assim como o apoio de pessoas cisgênero. O time oferece um espaço seguro para seus participantes, que encontram iguais e são acolhides, podendo ser a prática diversão e criação de vínculos sociais. A presença de atletas trans no esporte é uma luta, a inclusão é uma realidade distante, IMBB e outros times fazem com que o esporte aconteça para todes.

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