Menopausa e Risco Cardiovascular: Um Estudo com Mulheres da Comunidade da UEMG - Ibirité
Por Ana Luiza Soares Chaves (Autor), Thiago Lucas do Carmo (Autor), Zainny Souza Dias (Autor), Fernanda de Jesus Costa (Autor), Beatriz Magalhães Pereira (Autor), Silvia Silveira Quintão Savergnini (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A menopausa está associada à redução dos níveis de estradiol, o que pode desencadear alterações metabólicas e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Este estudo teve como objetivo investigar a prevalência de fatores de risco cardiovascular e os hábitos de atividade física em mulheres na pré e pós-menopausa da comunidade interna e externa da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - Unidade Ibirité. Trinta e quatro mulheres (21 na menacme e 13 na menopausa) responderam a um questionário sociodemográfico e de saúde, tiveram a pressão arterial aferida e a composição corporal avaliada por bioimpedância (InBody 770). As participantes do grupo menacme apresentaram idade média de 26,7 ± 8,2 anos, enquanto as do grupo menopausa tiveram média de 57,9 ± 3,7 anos. Os resultados indicaram maior prevalência de hipertensão arterial (46% vs. 0%), dislipidemia (54% vs. 5%) e diabetes tipo 2 (38% vs. 0%) no grupo menopausa. A média da pressão arterial sistólica foi de 132 mmHg no grupo menopausa e 110 mmHg no grupo menacme; para a diastólica, 82 mmHg e 72 mmHg, respectivamente. O Índice de Massa Corporal indicou obesidade em 61% das mulheres na menopausa, contra 15% no grupo menacme. A circunferência abdominal e a gordura visceral também foram maiores nesse grupo (193,53 cm² vs. 112,32 cm²). Quanto à atividade física moderada, mulheres na menacme praticaram, em média, 87 minutos semanais em 4 dias, enquanto o grupo menopausa apresentou 129 minutos em 3 dias. A atividade física vigorosa teve média de 65 minutos em 2 dias no grupo menacme e 56 minutos em 1 dia no grupo menopausa. Conclui-se que mulheres na menopausa da comunidade da UEMG/Ibirité e entorno apresentam maior prevalência de fatores de risco cardiovascular, reforçando a necessidade de ações preventivas para promoção da saúde e qualidade de vida.