Resumo

A somatotipia recebe influência do ambiente externo assim como da hereditariedade. Visto que a carga genética tem um impacto significativo, especialmente na mesomorfia e na endomorfia (Heath, Carter, 1990). Os somatotipos estão associados de maneira distinta à força, às habilidades motoras e à resistência cardiovascular. A obesidade, por sua vez, é uma condição multifatorial que envolve tanto fatores ambientais quanto genéticos, o gene FTO, por exemplo, está associado à mesomorfia e à obesidade, e inversamente relacionado à ectomorfia (Ibanez et al., 2019). OBJETIVO: Investigar a correlação entre composiçao corporal, desempenho e somatotipo em militares. MÉTODOS: Estudo observacional transversal realizado com 130 militares homens (18 e 34 anos), selecionados entre 443 alunos de um Centro de Instrução militar.  As medidas antropométricas, foram realizadas por avaliadores experientes em 2010. O VO2pico foi obtido indiretamente pelo protocolo de Weltman (1987).  A somatotipia foi calculada utilizando o método Heath-Carter (1990), e o estado nutricional foi avaliado pelo IMC e % de gordura. Os dados foram processados por Análise Multivariada no programa R-Studio para correlacionar os componentes principais (ACP) com atributos antropométricos e componentes somatotípicos. Testes de normalidade e diferenças estatísticas foram realizados utilizando o software SigmaPlot, com nível de significância de p<0,05, os valores foram apresentados como mediana±dp. RESULTADOS: Foram avaliadas as características antropométricas e de desempenho físico de 29% da população, com idade de 25,0±3,7 anos, peso de 77,5±12,8 kg, altura de 176,0±7,4 cm e IMC de 24,8±3,3 kg/m². A gordura corporal foi de 11,5±5,7%, e o VO2pico foi de 53,1±6,3 ml/kg*min. O perfil de somatotipo dominante foi o endomesomorfo (52,3%).  A tabela 1 apresenta as correlações entre os componentes principais e as variáveis antropométricas, assim como a contribuição de cada componente e o valor de lambda.

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