Resumo

Objetivo - estudar o metabolismo mineral e efeitos do estresse oxidativo em militares submetidos a exercício extenuante. Métodos - participaram deste estudo 110 militares submetidos a exercício com duração e intensidade elevados, realizado na forma de marcha contínua de 24 km, trajando fardamento militar. Foram mensurados dados antropométricos (caracterização) e amostra de sangue para as análises minerais, bioquímicas e do estresse oxidativo (pré e pós marcha). Resultados - após a marcha de 24 km os sujeitos do estudo apresentaram hemograma básico inalterado, parâmetros minerais com diferença significativa maior nas concentrações do potássio (4,61±0,04/ 6,16±0,09 mEq/L), fósforo (4,06±0,06/ 4,26±0,26 mEq/L) e cobre (50,68±16,64/ 60,15±21,28 mEq/L) e diferenças menores nas concentrações de sódio (139,87±0,28/ 136,05±0,36 mEq/L), cloro (107,40±4,15/ 105,04±4,16 mEq/L), n-cálcio (1,11± 0,03/ 1,07±0,07 mg/dl), t-cálcio (2,23±0,07/ 2,15±0,13 mg/dl), magnésio (2,34±0,06/ 2,12±0,01mg/dl), demonstrando a adaptação do metabolismo às condições da sobrecarga física. Ficaram inalterados os níveis de i-cálcio, fósforo e zinco, além da glicose. O aumento de TBARS (593.67±203.08/ 751.48±401.66 ng/mL) indica que os militares se encontravam nas condições de estresse oxidativo moderado. Houve aumento em colesterol total (137,66±4,32/ 187,00±5,43 mg/dL), triglicérides (101,13±3,123/ 149,40±7,30 ), VLDL (20,14±0,62/ 29,86±1,46 mg/dL) e LDL (67.94±3,03/ 110,25±3,60 mg/dL), evidenciando a ativação do metabolismo aeróbico. Também evidenciou-se redução de HDL (50,70±1,25/ 47,69±1,06 mg/dL), indicando seu consumo nos processos de recuperação e ressíntese de energia. Conclusão - Concluiu-se que uma sessão de exercício físico extenuante é capaz de alterar o metabolismo mineral, o perfil lipídico e provocar estresse oxidativo moderado em seus praticantes.

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