Método Alternativo de Determinação de Limiar Anaeróbio em Remadores
Por Giovani dos Santos Cunha (Autor), Rafael Reimann Baptista (Autor), Jerri Luiz Ribeiro (Autor), Álvaro Reischak de Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 10, n 4, 2008. Da página 367 a 371
Resumo
No remo, o padrão treinado de respiração dos atletas dificulta e até impossibilita a detecção dos limiares ventilatórios, devido ao acoplamento da respiração com o gesto técnico. Neste sentido, alguns autores têm proposto a determinação do limiar anaeróbio através da razão de trocas respiratórias (R), mas ainda não existe consenso sobre qual o valor da R que pode ser utilizado. O objetivo deste estudo foi verificar qual o valor da R que corresponde ao limiar anaeróbio e se este valor pode ser utilizado como um parâmetro independente de determinação de limiar anaeróbio em remadores. A amostra foi composta de 23 remadores, todos do sexo masculino. O VO2máx e as variáveis fisiológicas correspondentes ao limiar anaeróbio foram verificados através de um teste progressivo máximo em remoergômetro, simultaneamente a uma ergoespirometria. O limiar anaeróbio foi verificado através do método Dmáx (maximal distance). As variáveis fisiológicas foram separadas em valores máximos e valores referentes ao limiar anaeróbio. Os remadores possuíam no estágio máximo, VO2 (58,2±4,4 ml.kg-1.min-1), lactato (8,2±2,1 mmol.L-1), potência (384±54,3 W) e R (1,26±0,1). No estágio de limiar anaeróbio,
possuíam VO2 (46,9±7,5 ml.kg-1.min-1), lactato (4,6±1,3 mmol.L-1), potência (300± 37,8 W) e R (0,99±0,1). Conclusão - a R pode ser utilizada como um método independente de determinação de limiar anaeróbio para remadores, assumindo o valor de 0,99, no entanto, a R deve apresentar um aumento não linear após ultrapassar este valor.