Resumo

A escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 consagrou um modelo de desenvolvimento baseado na atração de megaeventos esportivos. Este artigo pretende examinar a formação deste projeto de cidade-empresa e o papel da mídia na produção de consensos em torno de valores que tendem a consolidar o image-making da cidade, transformando a polis em urbs empresarial. Com a expansão do estado neoliberal, observa-se um alargamento dos interesses do capital em detrimento do público na consolidação de um projeto de reduzida interlocução com os atores sociais diretamente impactados pela remodelação do tecido urbano.

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