Mídia Esportiva Impressa e Atividade de Aventura na Natureza: Apelos Motivacionais
Por Jaqueline Costa Castilho Moreira (Autor), Jossett Campagna de Gáspari (Autor), Gisele Maria Schwartz (Autor), Graziela Pascom Caparroz (Autor), Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A reflexão sobre as motivações concernentes ao aumento da prática de Atividades
Físicas de Aventura na Natureza (AFAN), tem gerado uma série de implicações
relacionadas, em especial, às estratégias de comunicação, tanto no contexto da
Educação Física como no do Turismo e no do Marketing. Ao buscar o envolvimento
com atividades que propiciem novas dimensões de sensações e emoções, aventura
e liberdade, novas demandas são captadas e assimiladas por diversas áreas envolvidas
com a gestão e implementação de serviços, alimentando, inclusive a indústria do
entretenimento, do lazer, do turismo e, mais particularmente, a mídia, foco de interesse
nesta pesquisa. Este estudo, de natureza qualitativa, teve por objetivo investigar as
estratégias de estimulação utilizadas pela mídia esportiva impressa, para catalisar e
motivar a prática das AFAN. Para o desenvolvimento do estudo utilizou-se a pesquisa
bibliográfica e a pesquisa exploratória, com uma coleta de impressos constantes da
Adventure Sport Fair/2005. Das 166 peças publicitárias distribuídas nos stands do
Sudeste, 79 folders foram selecionados como amostra. A análise dos dados foi
realizada de forma descritiva, por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temático,
tendo como unidades, os termos que aparecem nos textos publicitários e os apelos
recorrentes, apresentados de maneira percentual. Os resultados demonstram uma
pulverização de termos, sendo as palavras mais utilizadas: "aventura" (26%);
"ecoturismo/turismo" (14%) e "esporte de aventura/ esporte radical/ esporte ligado
a natureza" (8%). Quanto a motivação por apelos textuais está relacionada
principalmente a valorização dos: recursos hídricos dos locais (14%); recursos cênicos
(13%) e 11% referem-se à qualidade de infra-estrutura e serviço oferecido, ou, ainda,
referendando as possibilidades de conhecimento dos patrimônios históricos e
culturais. Com base nos dados obtidos, pode-se perceber que a abordagem utilizada
nessa amostra não visa a especificidade na abrangência, mas tende ao oferecimento
de um pacote de estímulos que motivam a participação de um maior número de
pessoas, colaborando para a ampliação e massificação das AFAN, o que gera críticas,
em função de que estas atividades, as quais envolvem risco, ainda
necessitam regulamentação e fiscalização, no sentido de se aprimorar a relação
humana com a natureza.