Resumo

Discuto resultados de pesquisa com grupos de jovens, sobre sua experiência com a mídia, relativamente aos modos pelos quais nossa cultura vem construindo a ação e a expressão da vida pública e da vida privada. Faço uma análise tanto de produtos televisivos destinados a esse público, como do “texto” produzido nos debates com os grupos de recepção, a respeito de como se caracterizaria, hoje, para esses jovens, o “agir humano”, a vida em comum, as trocas e a convivência entre os “diferentes”. A análise articula conceitos como os de poder e subjetivação em Foucault, sociedade individualizada em Zygmunt Bauman, com a proposta de Hannah Arendt sobre o agir humano e sua problematização quanto às esferas pública e privada. Proponho possíveis estratégias para a escola, com o fim de produzir pensamento sobre as imagens com que interagimos e a incentivar modos solidários de convivência. Palavras-chave: Mídia. Juventude. Esfera pública. Esfera privada.