Minha Cadeira de Rodas, Meu Corpo
Por Silvia Mayeda D´angelo (Autor), Marina Brasiliano Salerno (Autor), Rita de Fátima da Silva (Autor), Paulo Ferreira de Araújo (Autor).
Em Conexões v. 10, n 3, 2012. Da página 113 a 141
Resumo
A efetivação da participação da pessoa em condição de deficiência (PCD) nos mais diversos âmbitos sociais nos tem levado a diferentes discussões relacionando a Educação Física e sua participação na vida desse grupo específico. É notória a aproximação que há entre as atividades físicas e a pessoa com deficiência física, foco de nosso trabalho. Encontramos diversos estudos que objetivam compreender mais sobre essa relação: quais os interesses que fazem com que a PCD procure praticar uma atividade física? Como se sentem quando a praticam? E o esporte de alto rendimento, como essa população se relaciona com ele? Nosso objetivo foi ir um pouco além, buscar compreender outro fator, como as pessoas com deficiência física, que fazem uso de cadeira de rodas, se percebem frente a sociedade? Como é essa incorporação da cadeira de rodas ao seu corpo? Há diferença nessa visão entre pessoas que praticam ou não esportes? O que percebemos é que essa diferenciação ocorre, ou seja, as pessoas que fazem uso de cadeira de rodas e estão ativas em algum grupo de prática esportiva, conseguem enxergar-se de outra forma, com um olhar diferenciado, percebendo a cadeira como parte de seu corpo e fundamental para sua independência.