Resumo

Nos anos finais do século XIX, a Província de São Paulo contava com vários estabelecimentos de ensino fundados pelos missionários norte-americanos: as escolas americanas. Essas escolas passaram a fazer parte da oferta de ensino regular num sistema escolar que tentava firmar-se na educação paulista, e chegaram mesmo a destacar-se no cenário nacional, sendo reconhecidas pelas autoridades brasileiras, colaborando na construção da cultura, da nacionalidade e da identidade do país. Ao ressaltarem a necessidade de educação para as mulheres e o magistério feminino como forma de elevação moral e espiritual, de acordo com seus preceitos religiosos, e instituírem a co-educação dos sexos, descortinaram uma nova perspectiva educacional, diferente da pregada pelos colégios católicos e até mesmo pelo ensino público, introduzindo as premissas liberais vigentes nos Estados Unidos, e que em São Paulo ainda eram vistas com certo receio pelos setores conservadores da sociedade civil e da Igreja católica.

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