Mobilidade da coluna torácica e postura: correlação e valores preditivos em idosos fisicamente independentes
Por Edine Kavano Kitahara Matsui (Autor), Ana Paula de Sousa Almeida (Autor), Renata Muziol Benega (Autor), Débora Letícia de Souza (Autor), Ana Beatriz Ferreira Gasparini (Autor), Fernanda Borges de Oliveira Vasconcelos (Autor), Márcio Rogério de Oliveira (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A postura sofre modificações durante o envelhecimento que pode servir como marcador, principalmente, para a avaliação da coluna torácica. Sobre avaliação, este procedimento é executado por meio de diferentes recursos como análises por sistemas de vídeo, inclinômetro digital e o teste de Schober. Este último, é realizado medindo as marcações desde o processo espinhoso de T1 até T12, após flexão ativa da coluna torácica e pode auxiliar no rastreio da redução da mobilidade do segmento. Alterações posturais como o aumento da cifose podem servir como marcador para limitações de mobilidade da coluna vertebral em idosos fisicamente independentes sendo este um fator de risco para queda e desempenho funcional. OBJETIVO: Classificar a postura de idosos fisicamente independentes, correlacionar as variáveis de avaliação da mobilidade da coluna torácica e propor modelos de equações preditivas a partir das medidas, em graus, obtidas pelo inclinômetro digital e o teste de Schober torácico obtido em centímetros a fim de auxiliar na caracterização biomecânica da coluna torácica. MÉTODOS: Foram quantificados a mobilidade da flexão e extensão torácica por níveis (T1, T8 e T12) de 41 idosos (66,15± 7,02 anos) com inclinômetro digital (graus) "Nível de Laser e Inclinômetro exaMobile S.A" integrado ao Iphone 11 e fita métrica (cm) (Teste de Schober). Após as avaliações os participantes foram divididos em três grupos de acordo com os valores angulares obtidos no inclinômetro digital, considerando a posição em sedestação: G1) grupo com retificação torácica (40º). RESULTADOS: 11 idosos apresentaram retificação (G1), 15 cifose (G2) e 15 hipercifose (G3). Houve uma correlação moderada positiva entre o inclinômetro digital e teste de Schober nos níveis de flexão T1 (r=0,69), T12 2(r=0,60) e total T1 a T12 (r=0,74). Equações de regressões linear simples mostraram que o Schober torácico prevê as medidas da mobilidade torácica para esses mesmos níveis. CONCLUSÃO: A postura dos idosos foi classificada e houve correlações de moderadas a forte entre inclinômetro e fita métrica. Foram propostos modelos de equações preditivas por meio do teste de Schober torácico, o que pode contribuir para a avaliação da coluna vertebral em idosos fisicamente independentes.