Resumo

Este artigo apresenta um olhar sobre os mochileiros e as viagens de mochila como uma prática de lazer nas sociedades contemporâneas que propicia a emergência do sujeito em sua singularidade. Compreendidos como sujeitos que viajam de forma independente, mais barata e que intencionam o encontro com o outro (podendo ser o outro de si mesmo), desvelou-se pela pesquisa realizada, que para além de uma forma alternativa às viagens pautadas pelo modelo hegemônico de viagens turísticas, “mochilar” representa um estilo de vida. No deslocamento tempo/espaço descontínuos proporcionado pelas viagens e perseguido pelos mochileiros mediante a experiência de alteridade que provoca um duplo estranhamento no ser e estar diferente de si mesmo e do outro, o sentido desta prática fica evidenciado. E o sentido do “mochilar” aponta que os aspectos relacionais, as aprendizagens diversas e o autoconhecimento gerados por essa forma de viajar representam os aspectos constitutivos do ser mochileiro.

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