Resumo

Objetivo: destacar a importância de mensurarmos o esforço físico total dos pacientes com disfunções musculoesqueléticas submetidos a programas de treinamento de força (TF) em ensaios clínicos randomizados (ECRs). Métodos: Uma síntese de revisões sistemáticas. Incluímos revisões sistemáticas de ECRs cuja intervenção utilizou o TF em pacientes com disfunções musculoesqueléticas, adultos, de ambos os sexos e com relato de cronificação ≥ 3 meses. Usamos termos controlados do Medical Subject Headings (Resistance Training [#1]; Chronic Pain [#2]; Fibromyalgia [#3]; Osteoarthritis [#4]; Low Back Pain [#5]; Neck Pain [#6]) e operadores Booleanos para relacionar os termos da pesquisa em configurações avançadas (#1 AND #2; #1 AND #3; #1 AND #4; #1 AND #5; #1 AND #6). Resultados: Um total de 46 revisões sistemáticas foram recuperadas e apenas 7 passaram nos critérios de elegibilidade. Os ECRs compararam diferentes tipos de exercícios para observar as respectivas eficácias nos diversos desfechos de interesse (incapacidade, fadiga, qualidade de vida, nível de dor, etc.), porém, desconsideraram a importância das variáveis volume, intensidade e cadência – cujo registro é importante para monitoração e comparação de esforço físico total realizado pelos pacientes. Conclusão: Na área de reumatologia, os ECRs desconsideraram o esforço físico total realizado pelos pacientes. Sugerimos a mensuração e apresentação desta variável baseada na percepção subjetiva de esforço e no modelo matemático: esforço físico total = séries (n) × repetições (n) × carga (kg)× cadência(s). Assim, será possível fazer comparações, justas, entre diferentes exercícios para diversos desfechos clínicos.

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