Resumo

20/11/2020
A inserção do judô no Brasil tem relação direta com a chegada da imigração japonesa no início do século XX. Durante seu desenvolvimento e expansão no Brasil, os aspectos da cultura nipônica foram ressignificados, mesclando-se elementos da orientalização com a esportivização nos dojôs bem como através do processo de espetaculização em que a modalidade se inseriu nesse início do século XXI. Tal fato se consolidou por esses fatores ocorrerem de forma estritamente artesanal, tendo em grande parte os mestres kodanshas da modalidade como protagonistas nesse processo. Porém, o judô que inicialmente se fundamentava em aspectos educacionais, desenvolve-se atualmente com base na internacionalização cultural que, desde os jogos Olímpicos de 1964, reflete o processo de europeização dentro dos parâmetros do ensino da modalidade, pautando-se pelo desempenho competitivo e com importante participação dos impactos midiáticos decorrentes desse processo de esportivização. Isto se torna conflitante, pois de um lado encontram-se os aspectos culturais originais da modalidade e de outro as necessidades do esporte moderno, dessa forma, a dualidade do judô, entre o tradicional e o esporte, resultou em um amalgama entre o antigo e o moderno no que tange aos valores. Nesse contexto, buscará delimitar uma discussão sobre métodos pedagógicos que expressem a transição do judô tradicional/artesanal para o modelo científico/profissional que insere na formação dos técnicos/instrutores da modalidade no Brasil. Contudo há de se entender e dignificar todos os caminhos construídos pelos mais antigos que, com extrema abnegação trouxeram a modalidade até o atual estágio, porém há de se identificar que as atuais demandas esportivas requerem um conjunto de saberes que ultrapassam apenas os aspectos técnicos do judô, possibilitando assim uma interseção de conhecimentos adivinhos das ciências do esporte


 

Acessar Arquivo