Resumo

Introdução: O salto vertical é uma das principais variáveis pesquisadas em vários desportos como por exemplo basquete e corrida entre outros pela sua importância no desempenho esportivo. Outros estudos propõem diversos processos metodológicos e técnicos para a evolução no desempenho do salto vertical. Objetivo: Investigar durante oito semanas consecutivas (oito microciclos) numa periodização linear de Matveev (treinamento de hipertrofia muscular), a melhora no salto vertical em atletas femininas de elite do voleibol que disputam a Superliga A. Metodologia: A amostra foi composta por 15 jogadoras de voleibol indoor com (27,5±4,8) anos de idade, todas de uma equipe da Superliga “A” do Rio de Janeiro. Os saltos utilizados foram os seguintes; o Counter Movement Jump (CMJ) proveniente do estudo de BOSCO et al. (1983), o salto Abalakov (sem a cinta métrica) do estudo de Moura et al. (2015), o Squat Jump Test (SQT) de Dayne et al. (2011) e o último constava da realização de uma passada com o salto idêntico ao de uma cortada denominado pelo grupo de estudo Maximum (MXM). As atletas foram instrumentadas com 2 marcas refletoras de 1,5 cm de diâmetro, colocadas sobre proeminências ósseas previamente definidas: trocânter maior e maléolo externo, ambas do lado direito e uma frontalmente a 2 cm abaixo da cicatriz umbilical. Os dados coletados foram transportados para o software Kinovea® de biomecânica desportiva (v.0.8.15), mencionado em seu artigo por Marques Junior (2016) para fins de determinação das alturas encontradas nos saltos em jogadores de voleibol. Na coleta dos dados antropométricos foi adotada a padronização estabelecida pela International Society for Advances of Kinathropometry (ISAK) (2011) com o intuito de registrar a estatura, massa corporal, dobras cutâneas e os perímetros corporais. Resultados: Observou-se no salto Counter Movement Jump (CMJ) os valores de 36,8±2,4 e 39,0±1,6 cm, noSquat Jump (SQT) 32,3±2,4 e 36,7±1,6 cm, para o Abalakov (ABK) 40,8±3,2 e 42,6±2,1 cm e por fim Maximum (MXM) 43,4±3,2 e 45,7±2,8 cm. Foi possível verificar que os Parâmetros de Índice Elástico (9,2±7,3 cm) e Contribuição Elástica em Proporcionalidade (8,4±5,6 cm) foram os únicos a apresentarem uma diferença significativa. Verificou-se que os testes realizados apresentaram resultados satisfatórios para os saltos Counter Movement jump (CMJ) e o Abalakov (ABK) dos quais, não se utilizam dos membros superiores na ajuda da impulsão vertical, com isso, existindo maior exigência da contribuição elástica proporcionalmente em relação a muscular. De acordo com Herzog e Ter Keurs (1988) em ações dinâmicas, a participação dos elementos contráteis e elásticos tem muita influência conforme a angulação na execução dos saltos CMJ. Conclusão: Os resultados do presente estudo corroboram em parte com os achados de Bobbert e Casius (2005) que relatam que além da energia elástica outros mecanismos ocorridos no contra-movimento podem contribuir no alcance da altura obtida no CMJ.

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