Resumo
Os níveis de IGF-1, força muscular e autonomia funcional, tendem a declinar com a idade. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da cinesioterapia sobre os níveis de IGF-1, força muscular e autonomia funcional em mulheres idosas com disfunções músculo – esqueléticas. A amostra de 52 idosas foi dividida aleatoriamente em dois grupos iguais: grupo experimental (GE, idade: 68,52 ± 4,68 anos; IMC: 28,05 ± 20,83), submetido a 12 semanas de cinesioterapia, e grupo controle (GC). Foram avaliados os níveis séricos de IGF-1 através do método de Quimioluminescência e de força muscular através do teste de uma repetição máxima (1RM) nos movimentos de flexão (FQ) e extensão de quadril (EQ), flexão (FO) e extensão de ombro (EO) e a autonomia funcional, através do protocolo GDLAM. A ANOVA de medidas repetidas mostrou que o GE aumentou os níveis de IGF-1 (Δ=19,74 ng/ml; p=0,028) do pré para o pós-teste. O GE aumentou os níveis de força muscular nos exercícios de flexão (ΔFO=1,26 kg; p=0,001) e extensão de ombros (ΔEO=1,90 kg; p=0,0001) e de extensão (ΔEQ=2,52 kg; p=0,0001) e flexão de quadril (ΔFQ=2,82 kg; p=0,0001) do pré para o pós-teste. O GE também se mostrou com maiores níveis de força muscular no pós-teste quando comparado ao GC (ΔFO=1,70 kg, p=0,0001; ΔEO=2,67 kg, p=0,0001; ΔEQ=3,04 kg, iv p=0,0001; ΔFQ=2,72 kg, p=0,0001). O GE reduziu os tempos de execução nos testes C10m (Δ= -11,96 s; p=0,047), LPS (Δ= -4,88 s; p=0,008), LPDV (Δ= -2,52 s; p=0,002), VTC (Δ= -6,39 s; p=0,047) do pré para o pós-teste. O GE reduziu os escores do IG (Δ= -16,73; p=0,004) do pré para o pós-teste. Concluiu-se que, através do exercício resistido, pode-se obter resultados positivos sobre os níveis de IGF-1, força muscular e autonomia funcional em mulheres idosas com disfunção músculo-esquelética.