Resumo
Este estudo buscou investigar os ângulos cifóticos e lordóticos em 10 crianças portadoras de Síndrome de Down, na faixa etária de 4 a 7 anos, matriculadas no Instituto de Educação Especial – ITARD, na cidade de Campinas, S.P., através da avaliação postural computadorizada, comparando as possíveis alterações a nível postural, decorrentes da prática de atividades físicas realizadas no meio líquido, após um período de 12 meses o grupo experimental foi composto por 6 individuos e ogrupo controle por 4 indivíduos. Os resultados, após comparação entre as fases inicial e final dos grupos experimental e controle, mostraram que houve uma estabilização no valor médio do ângulo cifótico nos indivíduos pertencentes ao grupo experimental e um aumento no valor médio do referido ângulo nos indivíduos pertencentes ao grupo controle. Quanto ao ângulo lordótico, os resultados evidenciaram no grupos experimental e controle, um aumento no valor médio deste ângulo sugerindo um aumento da lordose. O meio líquido foi escolhido para a realização dos exercícios por ser um local que favorece a recreação e a socialização. Considerou-se também, coincidindo com alguns autores, que os exercícios adequados em piscina possibilitam a criança respostas cognitivas aos estímulos dados, fortalecendo especialmente os músculos mais fracos. Concluiu-se que deva ser objeto de maiores estudos, pelas equipes interdisciplinares, a prevenção quanto à formação de uma postura inadequada nos indivíduos portadores de Síndrome de Down, para que os mesmos possam desfrutar de um bem estar, de uma vida útil e mais próxima aos indivíduos ditos "normais".