Modularizarão e controle adaptativo na aquisição de uma habilidade motora seriada
Em XX Simpósio Internacional de Ciências do Esporte -SIMPOCE
Resumo
As explicações dos processos de mudança no comportamento motor apresentam como limitação a abordagem apenas da aquisição e manutenção de estrutura. A formação de novas estruturas a partir das já existentes n~ s~pre é considerada. A teoria modular buscou abordar esse problema, mas a inspiração cibernética do modelo 1.1Dphcou em grande enfãse na estabilização. Entretanto uma unidade para ser reestruturada num programa mais complexo deveria apresentar um certo grau de variabilidade do contrário a aquisição de controle adaptativo seria prejudicada. f:! presente estudo teve por preocupação central observar as características de consistência e variabilidade de unidades na aquisição de um programa mais complexo. Quarenta e quatro escolares (M=117 meses) tomaram parte na. pesquisa onde praticaram uma tarefa seriada de apertar uma seqüência de pontos numa placa indicada por diod?s etplSsores de luz (LED) da maneira mais precisa e rápida possível. Na Fase 1 do experimento, com 50 tentativas, d01s grupos foram formados. Num grupo (01), a unidade 1 (UI) envolvia mudanças de direção e constituiria a primeir~ parte da ~efa compl~ (TC) a ser praticada na fase seguinte (Fase 2 com 40 execuções). Para o grupo 2 (G2) ~ un1dade pratlcada, U2, eXJgta apenas o deslocamento da mão em diagonal, tendo pouca relação com TC. Foram medidos: tempo total de execução (IT), tempos de movimento (MT, período gasto entre os pontos pressionados) e de pausa (PT, per~od~ gasto em cada ponto). Ambos os grupos diminuíram significativamente o TT na Fase 1, o que é um mdicatlvo de ?P.r~dizagem. No início da Fase 2, o G 1 foi mais rápido na TC indicando que o ~~ecimento da Y~ .favoreceu lOlCialmente a aprendizagem, posteriormente ambos os grupos apresentaram Tis Sl.IDiiares. A variabilidade das unidades foi avaliada pelos coeficientes de variação (CV) dos TT, MT e PT. Na Fase 1 os grupos não mostraram sinais de diminuição de variabilidade de TT, já na Fase 2 a variabilidade diminuiu para ambos sendo que a de G 1 fo~ inicialmente, maior do que a de G2. Os componentes, MT e PT, não apresentaram mudanças significativas de variabilidade na Fase 1. Na fase seguinte houve alteração significante apenas na variabilidade dos componentes novos da TC, em particular para o G 1. O fato dos grupos demonstrarem melhoria significativa de velocidade de execução mantendo os CVs no todo (TT) e nos componentes (MT e PT) sugere que a variabilidade é um aspecto importante para a modularização; (2) a prática prévia numa das unidades de TC parece ter favorecido a aquisição de controle adaptativo.