Resumo

Este estudo teve como objetivo monitorar, periodicamente, adaptações fisiológicas e motoras em atletas da seleção brasileira infanto-juvenil de voleibol masculino, durante a preparação para o campeonato mundial de 2001. A amostra foi composta por 17 atletas (idade: 18,0+0,5 anos; estatura: 197,1+3,9 cm; massa corporal: 87,8+6,3 kg). As cargas de treino foram monitoradas em quatro diferentes momentos. A média da freqüência cardíaca foi de 132+18 bpm. A quantificação do volume de treino demonstrou que as cargas de trabalho atenderam as especificidades dos atletas das funções Levantador, Atacante de meio e Ponteiro. Os valores da excreção urinária do ácido vanilmandélico em repouso diminuíram e podem ser associados a uma importante adaptação do sistema nervoso simpático às cargas aplicadas. Para verificar as adaptações ocorridas durante o treinamento, uma bateria de testes foi aplicada em três diferentes momentos e os resultados demonstraram que o V02 máximo, o salto com contramovimento e a resistência de salto (15s) não apresentaram diferenças significativas entre as médias obtidas. Os testes de arremesso de medicinebol, salto vertical a partir de meia flexão dos joelhos, altura em alcance e impulsão vertical de ataque e de bloqueio apresentaram adaptações estatisticamente diferentes somente entre a primeira e segunda avaliação, enquanto os testes de agilidade e resistência de velocidade apresentaram adaptações progressivas e estatisticamente diferentes nas três avaliações. Este estudo demonstrou que a monitoração das adaptações decorrentes do treinamento do voleibol no organismo de jovens atletas proporcionou a ampliação do conhecimento específico, e é um processo importante que deve fazer parte das etapas de preparação de uma equipe de alto nível

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